2 de dez. de 2011

Na sua varanda sem céu, certa vez, você se sentou naquela cadeira sem fundo.
Me colocou no seu colo e me deu o abraço que disparava corações em mim, como se eu tivesse um coração em cada nó de veia.
E me disse, com sua voz tão bonita, a mais bonita que eu já ouvi, que eu tinha subido todos os seus andares.
Eu entendi que você era o homem da cobertura de aço, e eu uma espécie rara de passarinho, que tinha algum tipo de chave que se autodestruiria em poucos segundos.
E eu entendi também que agora que tinha chegado ali, só me restava pular, já que ninguém aguenta o alto tão alto por muito tempo.
A vertigem que era o nosso amor… 


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