24 de set. de 2012



E....eu peciso te ver.
Senão,vou morrer de amor infatisfeito de desencontro de saudade com sede insaciada..




Não te amo mais.
Queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso.
Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais.
Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra.
Aliás, não quero mais nada...só ir embora.
Eu só queria ir embora,então, por que eu simplesmente não ia embora?

Por que eu continuava obedecendo os comandos do meu ex-dono, sendo que ele não é mais dono nem do meu dedinho do pé que tem a unha mais curta?
Claro que sobrou um carinho, uma amizade, uma graça.

O mesmo que tenho pelo resto da humanidade que julgo digno de alguns minutos do meu tempo.
Mas tudo aquilo, meu Deus, tudo aquilo que era maior do que eu mesma, maior do que o mundo, que me soterrava, que me transportava pra outra realidade, que fazia meu corpo inteiro doer tanto de tanto sangue inchado que passava por ele, tudo aquilo, nossa, acabou. Já era. Então, por quê? Porque eu não dizia simplesmente que tinha ido lá rapidinho pra saber como estavam as coisas, coisas que amigos fazem, e vazava? Por que raios eu não ia embora?
Quero namorar esse homem? Não.

Quero casar, ter filhos, envelhecer ao lado dele? Não mais. Nunca mais.
Quero transar com ele, ainda que daquele jeito errado em que minha solidão procura um abraço e a solidão dele procura uma sacanagem? Não.
Nem a pau...quero reviver uma memória pra me sentir viva, emprestar uma alegria pura do passado? Não, tô fora de continuar sempre no mesmo lugar, me roubando minhas próprias histórias.
Quero lamentar a falta de um beijo inteiro, um abraço de verdade, um carinho sem medo e uma atenção entregue sem nenhum egoísmo? Não.

Não quero mais mudar ou fantasiar ninguém.
Deixa o mundo ser como é...deixa ele ser como ele é.
O que eu queria, que era jogar uma conversa fora com uma pessoa que me conhece tão bem e que eu conheço tão bem e essas coisas, eu já tinha conseguido,matar o tempo, rir da alma...e só.

Coisa de no máximo uma hora, ou duas se eu pudesse beber vinho,eu já podia ir embora...mas não conseguia. Por quê?
Quando ele finalmente parou de falar e querer coisas como uma criança de cinco anos que ta pouco se lixando se você tem ou não como lhe dar aquelas coisas e se lhe dar aquelas coisas vai ou não complicar sua vida, o silêncio me contou um segredo que há muito tempo eu já desconfiava: a mente é burra.
Minha mente é burra.

Quando minha mãe grita, mesmo ela sendo uma fofa e eu tendo o dobro do tamanho dela, sinto um medo absurdo, como se eu ainda fosse aquela menininha de maria-chiquinha.
É o sininho do Pavlov, que fazia o cachorro babar por comida mesmo que não estivesse mais com fome.
A mente é automática, viciada, comandada, acostumada, burra...e de novo sinto um medo filho da puta.
E é por isso que quando ele, a pessoa que eu mais amei no mundo pois amei sem os bloqueios e sem a amargura que veio depois de tanto amor, me pede pra ficar, eu fico.

Se alguma química idiota do meu cérebro obedeceu aquela voz por anos, por que haveria de parar de obedecer agora só porque o resto todo do corpo já não sente mais nada?
Mas ontem, quando finalmente peguei minha bolsa e fui embora e senti um alivio imenso de sair dali, eu combinei com a minha mente que ela não manda mais porra nenhuma. Chega de ser comandada pela parte mais “xucra” e sem alma da minha existência. Chega!
Quem manda aqui é o mesmo peito que me jogou pra fora daquela casa e daquela situação que sempre só me fez tanto mal e só me levou coisas tão bonitas.
Não quero mais as minhas repetições seguras e infelizes.

Ainda que encarar um coração vazio seja mais assustador do que mãe brava, cidades estranhas e amores eternos que acabam.

.Tati Bernardi.

20 de set. de 2012

 
Olha, eu sei que o "tudo" que houve,abalou um pouco as coisas,furamos o nosso barco e sei que vc tbm sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar tbm...tá me entendendo? Eu sei que sim...Porque sozinha, não vou....não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma....mas se vc estiver certo de quer seguir essa viagem comigo...eu abandono tudo...padrões, passado, cicatrizes,verdades absolutas,gênio ruim,eu deixo de ser malcriada...mudo o visual, corto o cabelo, começo a comer direito...me desfaço dos meus velhos conceitos...mas vc tem que prometer que vai remar tbm e com vontade!
Eu começo a ler sobre política, astronautas, ficção científica...aprendo a pescar, se precisar.
Mas você tem que remar tbm!
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia...
Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo....mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir.
A gente tem que afundar juntos e descobrir que é possível nadar juntos,não se abandona o outro sabendo que ele vai se afogar e morrer....eu te ensino a nadar (Se vc não souber), juro! Mas vc tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Vc tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa...nunca, que vale a pena...porque tudo até aqui valeu a pena.
Por vc vale a pena... por nós vale a pena,eu não te quero desistente,fraco,jogado num canto,cheio de duvidas e medos,não...eu te quero forte,feliz,eu te quero feliz pra eu tbm pode ser.
Então vem,me invade...me péga pra vc,porque eu sou tua....sempre fui,vc é o meu amor.
Eu te amo com toda as forças de dentro de mim,eu te aceito como vc é porque te amo,eu não quero que mude em nada.
Sei que monopolizo seus pensamentos da mesma forma que vc faz com os meus,sei que vc acorda comigo e dorme tbm.....sei que vc me procura nos clipes que vc assiste,nas músicas que ouve...vc me deu certezas,verdades....o que mais esperar de vc? Apenas que vc continue aqui remando junto comigo...


17 de set. de 2012



Nada neste mundo faz sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.Se a gente cresce com os golpes durosda vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma...


― É tarde demais para juntar os pedaços do meu coração? Porque também é tarde demais para querer que eu siga em frente sem você.
É tarde demais para que eu me ajeite em outros colos que nem ao menos sejam parecidos com o seu, é tarde demais para que eu encontre outro alguém que me dê tudo o que você me deu.
E poderia ter dado.
É tarde demais para que você me diga outra coisa sem ser: Eu quero voltar.
― Mas você sabe que eu quero voltar.
(Silêncio.)
― Quero. Não posso.
― Eu preciso de você aqui.
― Eu preciso esquecer você.
― E o que eu faço agora?
― Não faz nada. Finge que eu sou um ninguém. Finge que eu nunca estive por perto, e que nunca fui pra longe.
― E se toda vez que eu disser “Ninguém me ama, ninguém me quer” eu lembrar de você?
(Risos baixinhos ao fundo.)
― Você ainda tem um senso de humor incrível.
― E o seu riso continua lindo.
― Eu já não escuto mais o seu.
(Silêncio.)
― E sinto falta.
― De quê?
― Do seu riso, do seu sorriso, do seu senso de humor.
Eu sinto falta de poder te ligar à qualquer hora, e não ter que esperar você ficar me ligando por causa da minha covardia.
― Só sente falta de alguns pedaços meus?
― E de você, completamente.
― Eu e completa? Não numa mesma frase ― Sussurro.
(Você arrancou de mim todas as partes que tanto gostava, as levou junto com a sua presença. E nunca voltou para ao menos, devolvê-las.)
― Também sinto falta de te ver completa.
(Silêncio.)
― Eu não queria ter feito isso com você.
Eu não queria ter te despedaçado desse jeito… Mas eu guardo cada pedaço seu no meu coração, mesmo sem querer.
(Silêncio.)
― Eu amo você.
― Por favor, não diz… ― Imploro pela milésima vez nessa conversa.
― Achei que deveria saber disso.
― Eu também amo você.
(E me dói saber disso.)
― Pena que não há mais nada para nós.
― Sendo assim não há mais nada para mim.
(Silêncio.)
― Uma última coisa. Eu prometo. Quando você disse que precisava me esquecer, teve realmente a intenção de dizer que pretende me apagar da sua memória?
― Eu só não quero lembrar de você à cada par de olhos verdes que eu avistar na rua. Eu não quero lembrar de você só de olhar o rosto bochechudo daquelas minhas amigas, de quem você tanto tinha ciúmes. Eu só não quero olhar aqueles casais se beijando, e pensar que poderia ser nós.
Eu não quero te apagar da minha memória.
Eu só não quero me corroer de culpa.
(Silêncio.)
(Silêncio.)
― Me desculpa por tudo que eu fiz.
― Me desculpa por tudo que eu não fiz.
(Silêncio.)
― O amor que eu tenho te desculpa por tudo.
― O amor que eu tenho te desculpa pelo nada..