3 de jan. de 2013


“Eu vou sussurrar no seu ouvido, vou
te dizer bem baixinho : fica aqui.
Vou
te pegar pela mão, te levar pro nosso
canto, sussurrar outra vez : fica aqui.

Eu preciso do cheiro da sua pele, da
sua mão que me aperta, do seu laço
que me enfeita, me ajeita, me faz sua.
Eu preciso da sua risada sem graça,
do seu pescoço mastigável, da sua
alegria momentânea.
Me pego
gostando tanto da sua inconstância,
fragrância, o medo que você sente de
chegar mais perto.
Eu preciso da sua
cama bagunçada, da sua mania de
usar três calças nos dias de frio, do
seu sorriso que fica passando como
um filme na minha mente, que chega
á ser quase que indecente pensar
tanto em você assim.
Fica aqui, que
do meu coração resolvo eu, que das
feridas que você deixará trato eu,sempre tive colapsos de amnésia
voluntária, você sabe.
Deixa que
depois eu me arrumo em algum
canto desse mundo, arrumo uma
música pra espantar seu som,
encontro outro abraço que me
acolha.
Agora só fica aqui, que do
meu desapego me livro, me viro, me
vingo de todas as noites de saudade
com um cafuné seu que bagunça
todo o meu cabelo.
Te olho séria
como nunca te olho, te devoro,
porque não preciso mais de rodeios
para chegar ao ponto.
É isso, então
que seja. Que sejamos, que tenhamos
a nós, que fiquemos á sós.
Que haja amor.“

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