3 de jan. de 2013



Para os grandes, eu penso.
E viro a cabeça pra pensar em outra coisa.
É mais feliz gostar, amar é pra quem pode...mas você ou a vida ou sei lá. Insiste.
 E então chega enorme...e só me resta rir que nem quando vejo um bebê muito pequeno e lindo.
 Você ri...vai fazer o quê? É o milagre maravilhoso da vida e eu ficando brega e cheia de medo e cheia de vontade de te contar tantas coisas e nem sei se você gosta de ouvir meus atropelos...muito amor.
E então fico querendo não trair a beleza.
Com você sinto a fidelidade de ser tranquila.
 Um pacto de paz com o mundo...pra não me afastar de você quando estou longe.
E é impossível então que os martelos do apartamento de cima sejam realmente martelos.
 E é impossível que as chatices do dia sejam realmente sem solução.
E os outros caras, aviso, olha, é amor. É amor...ainda que eu quisesse, não consigo mais nem um centímetro pra você. Desculpa.
O amor é terrivelmente fiel...porque ele ocupa coisas nossas que nem existem nos sentidos conhecidos.
É como tomar água morna depois de ter engolido um filtro inteiro de água geladinha. Ninguém nem pensa nisso. Muito amor.
De um jeito que era mesmo o que eu achava que existia....e é orgânico dentro da gente ainda que vendo de fora não pareça caber.
O corpo dá um jeito. Minha casca reclama mas incha.
Tudo faz drama dentro de mim, ainda que nada seja realmente de surpresa...sentir isso era o casaco de frio que sempre carreguei no carro...cansado, abandonado, amassado, sujo, velho...mas, de repente, tudo isso desistente tem serventia e a vida te abraça. O guarda-chuva do porta-malas. A bolsa falsa do assalto que minha mãe mandava eu ter embaixo do banco do passageiro.
Sentir isso são os trocos que você guarda pra emergência.
Amar grande é gastar reservas e ainda assim ter coragem pra dar o que não se tem.
Amar grande é ter vertigem no chão mas sentir um chamado pra voar.
Amar grande é essa fome enjoada ou esse enjôo faminto.
É o soco do bem na barriga.
É mostrar os dentes pra se defender mas acaba em sorriso.
É o sal que carrego no fundo falso da bolsa pra quando eu não aguentar a vida. É o açúcar que carrego junto..É tudo que pode sair do controle.
É meu corpo caindo...e as almofadas de várias cores pra me dizer que pode dar certo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário